24 de setembro de 2014

Refletindo o Evangelho do Domingo


                 XXVI Domingo Comum – Domingo 28/09/2014
“Que vos parece?” (Mt. 21,28a)

Enquanto Jesus Cristo ensinava no Templo, os príncipes dos sacerdotes e anciãos do povo o questionaram quanto à sua autoridade, perguntando: “Com que direito fazes isto? Quem te deu esta autoridade?” Ele então lhes respondeu com outra pergunta: “Donde procedia o batismo de João: do céu ou dos homens?” Após alguns questionamentos pessoais: Responderam a Jesus: ‘Não sabemos.’Pois, tampouco vos digo, com que direito faço estas coisas.  Respondeu-lhes. (Cf. Mt. 20, 23-27)

Jesus Cristo, então, propõe a Parábola dos dois filhos, Mt. 21,28-32. Inicia com uma pequena pergunta: “Que vos parece?” E continua: “Um homem tinha dois filhos. Dirigindo-se ao primeiro, disse-lhe: ‘Meu filho, vai trabalhar hoje na vinha.’ Respondeu ele: ’Não quero.’ Mas em seguida, tocado de arrependimento, foi. Dirigindo-se ao outro, disse-lhe a mesma coisa. O filho respondeu. ‘Sim, pai!’ Mas não foi. Qual fez a vontade do pai? — “O primeiro”, responderam-lhe. (V. 28-31a)     

 Este trecho do Evangelho é de fácil dedução e de difícil compreensão, aliás, quando Jesus Cristo se dirigia aos doutores da Lei, aos príncipes dos sacerdotes e aos anciãos Ele utilizava palavras ou frases, sempre numa relação de semelhança subentendida entre o sentido próprio e o figurado, quase sempre com a intenção de confundi-los. E a resposta dada por eles, era tudo que Jesus Cristo queria ouvir e disse-lhes: “Em verdade vos digo, os publicanos e as meretrizes vos precedem no reino de Deus!” (V.31b)

Quando Jesus Cristo propõe esta Parábola tem na verdade a intenção de mostrar aos príncipes dos sacerdotes, aos anciãos e a nós, a diferença entre “obediência” e “conveniência”. Na realidade os dois filhos erraram, foram desobedientes, o primeiro, no entanto, demonstrou “arrependimento” e atendeu o pedido do pai, o segundo, porém tomou uma atitude “hipócrita”, (mentirosa e falsa) prometeu e não cumpriu.

O que Jesus Cristo quer mostrar é que este segundo filho representa os fariseus e também a eles próprios, os príncipes dos sacerdotes e aos anciãos do povo que se diziam justos, mas que na realidade não eram.

Hoje também nós, muitas das vezes, vivemos um “cristianismo” de “conveniência” e não de “obediência” só fazemos aquilo que nos convêm; no momento da “renúncia” para optar pelas causas do Reino tomamos atitudes “hipócritas” somos os verdadeiros “Sepulcros caiados”, belos na aparência, mas “podres e vazios” por dentro. São Paulo nos fala de um modelo de Filho e de obediência: ”E sendo exteriormente reconhecido como homem, humilhou-se ainda mais, tornando-se obediente até a morte e morte de cruz.”( Fl. 2,8)

“A obediência é o primeiro passo para a santidade.”
Fabiano Camara Bensi

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