17 de setembro de 2014

Refletindo o Evangelho do Domingo



XXV Domingo Comum - Domingo 21/09/2014

“…os últimos serão os primeiros e os primeiros serão os últimos.”  (Mt. 20, 16a)
No trecho do Evangelho escrito por São Mateus, Mt. 20,1-16a, Jesus Cristo nos fala da recompensa que teremos se vivermos a serviço do Reino. Teremos a oportunidade de aprender com muita clareza, a distinção entre duas recompensas, pela “justiça” e pela Graça.
Vamos voltar um pouco, ao Capítulo 19,27, quando Pedro pergunta: “Eis que deixamos tudo para te seguir. Que haverá então para nós?” Em outras palavras: “Que teremos nós, Senhor?” Jesus Cristo dá uma declaração comprometendo-se com a recompensa, porém termina dizendo: ”Muitos dos primeiros serão os últimos e muitos dos últimos serão os primeiros.”
Certamente, percebendo que no coração de Pedro ainda havia dúvida, decidiu contar uma história de um pai de família e proprietário de uma vinha.
Começa dizendo que ao sair à procura de operários para a sua vinha, o pai de família acertou com os primeiros um salário a ser pago pelo trabalho. Com os últimos não, mas: ao cair da tarde, o senhor da vinha disse a seu feitor: ‘chama os operários e paga-lhes, começando pelos últimos até os primeiros. (V.8)
Ao perceberem que os valores pagos eram iguais para todos, os operários que foram contratados primeiro começam a se queixar dizendo: “Os últimos só trabalharam uma hora… e deste-lhes tanto quanto a nós, que suportamos o peso do dia e do calor.” (V.12)
É interessante observar que os operários não reclamaram que: “os últimos a serem chamados foram os primeiros escolhidos para receber a recompensa” e nem que: “os últimos estavam recebendo muito”. Reclamaram, no entanto, do “reconhecimento”, ou melhor, que o valor da recompensa deles, deveria ser maior do que aquela que foi combinada.
Começa aí a razão da resposta que Jesus Cristo dá para Pedro no final do Capítulo anterior e a lição que Ele deixa para nós, quando expressa a reação do Senhor da Vinha: Meu amigo, não te faço injustiça. Não contrataste comigo um denário? Toma o que é teu e vai-te. Eu quero dar a este último tanto quanto a ti. Ou não me é permitido fazer dos meus bens o que me apraz? Porventura vês com maus olhos que eu seja bom?” (V.13b-15)
ü  Não somos nós que nos oferecemos para trabalhar na Vinha do Senhor… somos chamados.
ü  A recompensa humana é pela justiça humana e a Recompensa Divina é pela Graça, não recebemos o que merecemos pela justiça… somos recompensados pela Graça.
Portanto, quando Pedro pergunta: “O que teremos nós?” A resposta de Jesus Cristo é simples: “O que é teu!” No trabalho na Messe do Senhor, não deveremos esperar o “muito” que merecemos pela justiça humana, mas sim o “tudo” que temos, pela Graça.
“Muitos serão chamados, mas poucos os escolhidos.”

Fabiano Camara Bernsi

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