23 de novembro de 2013

Refletindo o Evangelho de Domingo.

"Festa de Cristo Rei" ou "Dia de Cristo, Rei do Universo"  25/11/2013
"… hoje estarás comigo no paraíso." (Lc. 23.43b)

Chegamos ao último Domingo do Ano Litúrgico que, conforme o Calendário, é chamado com todos os méritos de "Festa de Cristo Rei" ou "Dia de Cristo, Rei do Universo".

Portanto, o Evangelho a ser meditado neste domingo é Lc. 23,35-43.

Neste trecho do Evangelho, encontramos o que poderíamos chamar de: "O encerramento da vida pública de Jesus Cristo"; é um momento pouco antes de Sua morte.

"A multidão conservava-se lá e observava. Os príncipes dos sacerdotes escarneciam (zombavam) de Jesus, dizendo: Salvou a outros, que se salve a si próprio, se é o Cristo, o escolhido de Deus! Do mesmo modo zombavam dele os soldados… Se és o rei dos Judeus, salva-te a ti mesmo." (V.35-37b).

Mesmo pregado na Cruz, Jesus Cristo mostrou para que veio: um dos homens que estava ali crucificado, junto de Jesus Cristo, dizia: "Se és o Cristo, salva-te a ti mesmo e salva-nos a nós! Mas o outro o repreendeu: Nem sequer temes a Deus, tu que sofres o mesmo suplício? Para nós isto é justo: recebemos o que mereceram os nossos crimes, mas este não fez mal algum. E acrescentou: Jesus, lembra-te de mim, quando estiveres entrado no teu reino!" (vv. 39b-42)

Veja! Ele disse: "recebemos o que mereceram os nossos crimes", e não: "recebemos o que merecemos!" Se julgarmos com critérios humanos, é claro que existe uma certa contradição no que ele diz, porque julgamos e condenamos sempre as pessoas e não os seus atos.

Jesus Cristo, mesmo na hora de sua morte, não hesita, não tem dúvidas em deixar claro que Ele veio para restaurar o pecador arrependido e não para valorizar o pecado!

Em Jerusalém, no tempo de Jesus Cristo, havia três tipos de poder e realeza.

– Havia a realeza do saber, fechada em sua pseudo segurança, sem se preocupar com as pessoas, confiante em si mesma, à espera de um novo acontecimento, não de um Dom de Amor a ser acolhido.

– Havia a realeza do poder político e econômico que, por razões de estado, se dispunha a trocar o inocente por qualquer Barrabás e a fazer alianças até então impossíveis.

– Jesus Cristo vive e propõe uma Realeza diferente, a da Misericórdia, quando o último, um malfeitor, recebe o Paraíso; o mau ladrão, um silêncio de Misericórdia; os chefes e os soldados, uma Palavra de Intercessão junto ao Pai.

A Realeza de Jesus Cristo, portanto, se confirma no momento da Cruz e é caracterizada pela "Misericórdia Divina" e não pela fragilidade, nem pelo julgamento humano.

“Vinde benditos do meu Pai…”

Fabiano Camara Bensi

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