23 de outubro de 2013

Refletindo o Evangelho de Domingo.

XXX Domingo do Tempo Comum – Domingo 27/10/13

"… quem se humilhar será exaltado." (Lc. 18,14b)

Do mesmo modo em que a Fé, sentimento interior de confiança em Deus, pode ser expressa de várias maneiras; assim também ocorre com a Oração, atitude interior de expressar um sentimento seja em voz alta ou em silêncio.

O importante é com que intenção de Fé a Oração está sendo dirigida a Deus, com uma justificativa pessoal junto a Deus, ou com a atitude de esperar com confiança em Deus. E é exatamente isto, que Jesus Cristo nos mostra em Lc. 18,09-14.

Ele conta uma parábola que diz respeito a algumas pessoas que se vangloriam como se fossem justas, e desprezam os outros, segundo seus próprios conceitos: "Subiram dois homens ao templo para orar; um era fariseu, o outro, publicano. O fariseu, em pé, orava no seu interior desta forma: Graças te dou, ó Deus, que não sou como os demais homens: ladrões, injustos e adúlteros; nem como o publicano que está ali. Jejuo duas vezes na semana e pago o dízimo de todos os meus lucros. O publicano, porém, mantendo-se à distância, não ousava levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, tem piedade de mim, que sou pecador! Digo-vos: este voltou para casa justificado, e não o outro." (V. 10-14a)
Creio que esta seja uma boa oportunidade de avaliarmos nossos conceitos e atitudes diante de quem "ora" ou de quem "reza". Podemos refletir um pouco sobre essas duas atitudes.

O fariseu estava ali, com várias preocupações:
1ª - justificar-se diante de Deus, como se isso fosse necessário;
2ª - acusar os outros, como se fosse o juiz de todas as causas;
3ª - mostrar-se melhor, que todos os outros, cumpridor dos seus deveres "legais", "sociais" e "religiosos", achava que não necessitava de justificação.
O engano do fariseu foi achar que não precisava de Deus. Na verdade ele não rezou, ficou olhando para si mesmo, admirando-se com o que tinha feito. Achou-se muito importante, não reconheceu a grandeza de Deus.

O outro, o publicano, tinha ali somente um objetivo, clamar a Deus por "Piedade", não se importando com quem quer que seja, que estivesse à sua volta. Mantinha-se à distância, não ousando sequer levantar os olhos para o céu, mas batia no peito e confessando-se pecador, pedia perdão.
Pelos seus próprios méritos, nenhum dos dois homens mereceria a “Piedade”, nem mesmo aquele que pediu; porém o publicano foi justificado por causa da Fé.
Não é nenhuma obra, nem uma oração bem feita, seja ela silenciosa ou em voz alta, que justifica alguém: nós somos justificados pela Graça de Deus em Jesus Cristo. Só o Espírito Santo sabe o que se passa em nossos corações e nos corações dos outros.

“Converta-te a cada dia, e verás a Graça acontecer!”

Fabiano Camara Bensi

Nenhum comentário:

Postar um comentário