5 de setembro de 2013

Refletindo o Evangelho de Domingo

XXIII Domingo do Tempo Comum – Domingo 08/09/13

"Quem não carrega sua cruz e não me segue, não pode ser meu discípulo." (Lc.14,27).

Nos quatro Evangelhos, Jesus Cristo dá algumas condições fundamentais para aqueles que são chamados ao discipulado. Vamos refletir Lc. 14,25-33, que tem como título "Qualidade dos verdadeiros discípulos." (Versão Ave-Maria)
Uma das coisas bastante difíceis de entender são as exigências de Jesus Cristo para aquele que quer ser discípulo, o que é diferente de ser cristão.
"Discípulo" quer dizer: “Aquele que segue as idéias ou doutrinas de um Mestre”. Para seguir Jesus Cristo, como "Mestre", tem que ser seguidor como "Discípulo", não pode deixar de ser radical nas idéias, atitudes e gestos como Ele foi, dando a todo tempo com exemplos, de sua radicalidade, a obediência em relação a Deus Pai.

Certamente, neste momento de sua vida pública, Jesus Cristo estava falando para os escribas, fariseus e para o povo que O seguia, pois os discípulos, já haviam sido escolhidos antes.
Jesus Cristo diz então: "Se alguém vem a mim, e não odeia, seu pai sua mãe, sua mulher, seus filhos, seus irmãos, suas irmãs até a sua própria vida, não pode ser meu discípulo." (V. 26 — “não odeia”: (no sentido de amar menos — Cf. nota Bíblia Ave-Maria)
Ainda hoje, muitas pessoas não entendem esta exigência de Jesus Cristo, quando Ele cita várias vezes o 1º Mandamento: "Amar a Deus sobre todas as coisas", está dizendo que devemos realmente amar a Deus sobre todas as coisas mesmo! Inclusive a nós mesmos.
É, não é nada fácil ser cristão. Dizemo-nos cristãos porque acreditamos em Jesus Cristo e em seu Evangelho.

Ser discípulo de Jesus Cristo, conforme suas próprias palavras, é estar desapegado de tudo que é terreno e transitório e de toda criatura, mesmo amando-a, tendo sempre como alvo maior, em nossa vida, o Amor do Pai e do Filho, a sua vontade, o seu Plano.
É claro que Jesus Cristo não nos pede que abandonemos, de fato, pais, irmãos, filhos, esposos, por sua causa. Ele usa a expressão no sentido figurado, exatamente querendo mostrar que Ele deve ser o Amor Maior, que Ele é o Verdadeiro Mestre, irmão, companheiro, amigo de todas as horas.
Que somente n’Ele o nosso coração pode realmente se consolar, se reconfortar, se reanimar. Que Ele, unicamente, Ele e o Pai podem ouvir os gemidos que abafamos, as aflições que escondemos dos melhores amigos, as dúvidas e incertezas que nos dilaceram. Ele está sempre presente, dentro de nós, e é capaz de acolher-nos, dar-nos a mão, abraçar-nos.

Quem é seu verdadeiro discípulo não apenas é desapegado do que é terreno, mas jamais sente solidão ou tédio.
Quem é seu verdadeiro discípulo tem n’Ele o companheiro constante e a alegria autêntica que o impulsiona, que dá sentido à sua vida e que o faz transmitir paz aos seus companheiros de jornada.

“A jornada é suave se confias plenamente.”

Fabiano Camara Bensi

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