4 de junho de 2015

Refletindo o Evangelho do Domingo

10º Domingo do Tempo Comum – 10/06/2012
“Mas quem blasfemar contra o Espírito Santo…” (Mc 3,28a)
Na retomada do Tempo Comum, a Liturgia nos apresenta uma grande revelação.
Por que faz Jesus Cristo esta surpreendente revelação? Que entendia Ele e os que o ouviam por “Espírito Santo” para ser imperdoável a blasfêmia contra Ele?
No começo da criação o Espírito Santo pairava sobre o abismo profundo, sobre o caos inicial, sobre o nada e Ele, então, soprou um vento forte e com sua palavra criou o céu e a terra.
O Espírito Santo representa, primeiramente, no entendimento dos ouvintes de Jesus Cristo, o poder de Deus, por isso diz Jesus Cristo: quem não aceitar a Deus como todo-poderoso não tem perdão.
Penso que o maior pecado é… Não crer na Misericórdia de Deus. Nenhum pecado é maior do que a grandeza de Deus, Ele pode perdoar a tudo, menos ao pecado da prepotência, no qual o pecador se faz, negativamente, maior do que Deus.
Em segundo lugar, o Espírito Santo É a personificação do amor e o maior de todos os pecados humanos seria, consequentemente, na compreensão dos judeus, o do ódio, que negaria e ofenderia a Deus em sua natureza íntima, em sua generosidade Santa e Sagrada.
Pecar contra o amor seria negar Deus e frustrar seu plano de graça e salvação, seria dizer “não” quando Deus diz “sim”.
Estas são as verdadeiras blasfêmias contra o Espírito Santo, blasfêmias que, no anúncio de Jesus Cristo, não têm perdão: blasfêmias contra a fé que desrespeita o poder de Deus e contra o amor que nega o Espírito Santo. Todos os demais pecados têm perdão; estes, não, são imperdoáveis.
O “pecado contra o Espírito Santo”. Um pecado contra o Espírito Santo não se restringe a um ato concreto, mas representa um estado de espírito permanente, uma cegueira espiritual adquirida por nossa própria culpa uma oposição à obra salvífica de Deus. À medida e enquanto um homem persistir em sua contradição a Deus, ele se exclui automaticamente da salvação.
Tomemos um exemplo: Jesus Cristo realizou um dos seus mais esplêndidos milagres em Betânia, quase às portas de Jerusalém: ressuscitou Lázaro, que estava morto há quatro dias, no momento, ele se dirigiu ao Pai, “pedindo pela multidão ao redor, para que creiam que tu me enviaste”! O morto ressurgiu e muitos creram nele no entanto, “os sumos sacerdotes e os fariseus convocaram o Sinédrio e disseram: ‘Que faremos? Pois este homem faz muitos sinais...’ Conclusão: “… resolveram matar Jesus Cristo e matar também Lázaro, pois por sua causa muitos creram em Jesus Cristo.” (cf. Jo 11,45-53; 12,10-11).
Podemos nos perguntar: Pode uma coisa dessas?
Aquele pessoal teve todas as chances que se possa imaginar: conhecimento exato da Bíblia, contatos pessoais com Jesus Cristo, experiência direta de um milagre, feito justamente “para que acreditassem...” e jogaram propositalmente tudo fora.
 Queriam o perdão? Queriam converter-se?...
E nós… Será que cremos na Misericórdia e no poder do Amor de Jesus Cristo? Ou será que acreditamos que podemos mais do que Deus.
Só o Amor vence o pecado.
Fabiano Camara Bensi

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