15 de fevereiro de 2014

Refletindo o Evangelho de Domingo

VI Domingo do Tempo Comum – 16/02/2014
“Não julgueis que vim abolir a lei ou os profetas.”(Mt. 5,17a)

Ainda no sermão da montanha, Jesus Cristo falando aos Discípulos e para nós também hoje, nos dá uma lição de maneira bem clara, do verdadeiro sentido das leis de Deus, Leis que Ele faz questão de frisar que não veio para mudá-las, em uma única vírgula, mas sim para colocá-las em prática.

Jesus Cristo nos diz que as Leis de Deus não são como as leis dos homens.
As leis de Deus devem ser vistas como um convite de vida para a humanidade. Nelas encontramos uma proposta de amor que quer conduzir a todos seus filhos a uma vida plena na justiça, no amor e na fraternidade.

Deus nos deixa livres para escolher qual caminho seguir, podemos escolher entre o bem e o mal, para ajudar-nos na escolha, para nos dar uma diretriz, Deus propõe as leis, que na realidade, são preceitos. Mas, como interpretar as leis?

Não só no tempo de Jesus Cristo, ainda hoje, as leis de Deus muitas vezes, são interpretadas ao pé da letra, como se fossem meras palavras.
No Antigo Testamento as Leis tinham o sentido comportamental, ou seja, os homens deveriam mudar o seu comportamento, suas atitudes, seu jeito de proceder, para servir a Deus, mas, eram obedecidas de uma forma, podemos dizer, meio racional.

Mas, Jesus Cristo nos mostra que o que interessa não é somente o comportamento, o jeito de proceder, mas o coração, como agimos, com que sentimento nos comportamos ou procedemos. Trata-se, portanto, da interiorização da Lei.

Por exemplo: Para Deus, não matar não significa apenas não tirar a vida de alguém, neste trecho do Evangelho Jesus Cristo nos ensina a interpretar as leis conforme o Espírito do Pai.

Para Deus, matar vai muito além de um bárbaro assassinato. “Não matarás! Quem matar será condenado pelo tribunal. Eu, porém, vos digo: todo aquele que se encoleriza com seu irmão será réu em juízo.” (21ª-22) Se o meu coração está cheio de “raiva” e “ódio”, eu estou matando o meu irmão ou irmã dentro do meu coração. Ou não estou?

A nós, cabe interpretar a lei pelo Amor que Jesus Cristo nos deu a conhecer. A moral cristã deve levar-nos a colocar a lei a serviço do Amor.
Seremos eternos “foras da lei” enquanto não descobrirmos um modo para realizar o sumo bem que Deus deseja através da sua lei.

Neste trecho do Evangelho, Jesus Cristo nos ensina que para sermos verdadeiros cristãos, deveremos ouvir a voz do nosso coração e orientar-nos pelo amor que Ele nos ensinou, só então, poderemos ver melhor o que os mandamentos exigem de nós na vivência do dia a dia.

“Não vim para os abolir, mas sim para levá-los à perfeição.” (Mt. 5,17b)

Fabiano Câmara Bensi.

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