30 de janeiro de 2014

Refletindo o Evangelho de Domingo.

Apresentação do Senhor – Domingo 02/02/2014

“…porque meus olhos viram a tua Salvação.” (Lc. 2,30a)

Apresentação do Senhor! A princípio, uma cerimônia bo-nita, podemos dizer assim. Mas, esse episódio narrado por São Lucas, tem um objetivo muito específico.

Após ter sido manifestado aos sábios, aos políticos, agora o “Menino Deus” se manifesta no Templo, aos religiosos, onde é reconhecido como O Verdadeiro enviado de Deus. Só mais tarde, por ocasião do Batismo, é revelado ao povo em geral.

Mãe e filho – esse o quadro que Lucas nos apresenta – e a mãe segurando seu filho a ouvir as palavras dum velho sábio, Simeão, o qual a vida inteira havia esperado pelo Messias, quando diz: “Este menino vai ser causa tan-to de queda como de reerguimento para muitos em Israel. Ele será um sinal de contradição. Assim serão revelados os pensamentos de muitos corações”. (V.34a)

Maria, que, por sua vez, sabia muito bem quem era aquele menino que o próprio Deus lhe dera.

Mas uma coisa é saber com a mente; outra, com o coração. E ela sabia muito melhor com o coração do que com a mente, pois sabia como mãe que aquela criancinha indefesa e carente, como todas as ou-tras, era o Filho de Deus, disso não duvidava.

Na sua mente, aliás, estavam ainda bastante frescas as palavras do anjo.

Há uma tradição que diz: Mãe é mãe, não adianta querermos alterar essa definição. Não importa se o filho é bonito ou feio, são ou doente, bom ou mau, o que importa para a mãe é que filho é filho e essa definição jamais alterará. Mas, como aquele menino, o Filho de Deus, estivesse destinado a ser sinal de contradição, podemos imaginar como as palavras de Simeão doeram no coração de Maria.

Mãe só quer saber de coisa boa. Mãe é mãe, e filho é filho – o que mais podemos dizer?

Simeão, porém, não falava por mal, nem por conta própria: falava apenas como profeta. Falava, pois, do que Deus lhe havia revelado.

O próprio Deus sabia muito bem que muitos, simplesmente, não aceitariam que O Seu Filho, sofres-se.

Mas o pior ainda viria, Simeão se dirigindo para Maria, diz: Quanto a ti, uma espada te traspassará a alma”. (V.35b)

Pobre mãe! Maria, talvez, não atinasse no que de concreto tais palavras pudessem significar. O que, porém, estava sendo revelado no Templo, como dor para Maria e para José, para nós veio a ser alegria e Salvação, pois de outra coisa Simeão não falava senão da Cruz Redentora de Cristo Jesus.

Hoje, depois de que tudo isso aconteceu, tudo que era promessa é realidade, depois de tantos testemunhos, qual a nossa atitude diante do Jesus Cristo Senhor?

“Vinde participar do Trono da Graça.”

Fabiano Câmara Bensi

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