5 de agosto de 2015

Refletindo o Evangelho do Domingo

XIX Domingo do Tempo Comum - 09/08/2015

“Eu sou o pão que desci do céu.”(Jo.6,41b)
Após o Milagre da multiplicação dos pães e peixes, quando alimentou uma multidão, a partir “cinco pães e dois peixinhos”, Jesus Cristo faz um Discurso apresentando-se como “O Pão de Vida!”. Veremos no Evangelho escrito por São João, 6,41-51 apenas um trecho deste Discurso.
 Ele diz: “Eu sou o pão da vida: aquele que vem a mim não terá fome, e aquele que crê em mim jamais terá sede.” (Jo. 6,35) Os judeus murmuravam entre si e perguntavam: “Porventura não é ele Jesus, o filho de José, cujo pai e mãe conhecemos? Como, pois, diz ele: desci do céu?”(V.42)
Devido à murmuração dos judeus, Jesus Cristo prossegue com seus preciosos ensinos sobre a “Alimentação espiritual”, que é Ele mesmo. Se para muitos de nós hoje, é difícil ainda crer neste: “Pão da Vida”. Podemos imaginar como foi difícil para o povo daquele tempo.
Jesus Cristo está falando, é claro, da “Vida Eterna”, porém coloca uma condição: “aquele que crê em mim…”. Pensemos no que, para nós, significa “crer” e o que significa “Vida Eterna”.
“Em verdade, em verdade vos digo: Quem crê em mim tem a vida eterna. Eu sou o Pão da vida”(V.47-48)  Aqui Ele diz: “quem crê… tem…” Ele não diz: “terá!”.
Com esta afirmação direta, O Senhor destaca a verdade de que Ele É, a partir de então, o alimento eterno do seu povo, Ele diz: “Eu sou…”. Ele não diz: “Eu serei”.
Foi essa verdade que Jesus Cristo ressaltou para os judeus do seu tempo, por isso fez uma comparação: “Vossos pais, no deserto, comeram o maná e morreram. Este é o pão que desceu do céu, para que não morra todo aquele que dele comer.”(V.49-50) Essa verdade vale para nós também. Por que não?
Apesar de toda a sua origem milagrosa, o maná foi um alimento comum. As pessoas comiam dele, enchiam a barriga, matavam a fome, mas a exemplo de todo o mortal comum, acabavam morrendo, sendo como “mortos andantes”. O maná, não tinha o poder de Vida eterna.
Diante, porém, da Vida eterna nem o maná nem qualquer outra coisa tem valor que se compare.
Qual, então, o supremo valor? É o pão que desce do céu. Pão este que é o próprio Jesus Cristo que com seus braços, e no seu abraço de solidariedade, acolhe com Amor toda humanidade.
Na qualidade de Pão, Jesus Cristo é partido, é repartido e é consumido por aqueles que têm fome de Vida. Na qualidade de Pão, Ele se dá no Sacramento da Eucaristia para alimentar nossa fé e nos garantir a imortalidade de comunhão com Ele. Na qualidade de Pão, Ele é oferecido a todos, mesmo que ainda não manifestem por Ele nenhuma fome. Ele se oferece para que os homens possam despertar para suas reais carências e passem a desejar esse Pão descido do céu.
Ele está à nossa disposição. Vamos rejeitá-lo?
“A minha carne é o alimento para vossa vida!”
Fabiano Camara Bensi

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