15 de abril de 2015

Refletindo o Evangelho do Domingo

3º Domingo da Páscoa – 19/04/2015

“Por que estais perturbados…?” (Lc. 24,38B)
Em Lucas 24, 35-48, logo no início do texto, encontramos o final, ou o resultado, do encontro dos Discípulos de Emaús com Jesus Cristo, quando declaram que… “tinham reconhecido (O Senhor) ao partir do pão”.
Os discípulos de Jesus Cristo, por causa do medo trancaram-se em casa. Diante das várias notícias da sua ressurreição conversavam animadamente. Mas ainda com medo do que pudesse acontecer também com eles.  " 'Enquanto falavam destas coisas, Jesus apresentou-se no meio deles e disse: 'A Paz seja convosco!'" (V.36)
Quantas vezes as nossas preocupações diárias com casa, família, trabalho, estudo, Comunidade, etc., fazem simplesmente o mesmo conosco. Não permitem que reconheçamos a verdade de que este mesmo Senhor continua vivo e sempre ao nosso lado. E mais, pronto para dar-nos a força interior, a confiança e a Paz, necessárias, porque não dizer, fundamentais, para as lutas do nosso dia-a-dia.
Quando Jesus Cristo apareceu aos seus discípulos, ele não o fez para recriminá-los, além de deixar claro que sabia o que se passava em suas mentes supersticiosas. Assim, Ele ordena que o apalpem e examinem. E tudo indica que os discípulos o fizeram.
Superstição é a “religião” do medo e da falta de informação. É difícil resistir ao contágio do medo. Ele tem o poder de despertar toda a superstição latente na mente humana e de abalar definitivamente a confiança na verdadeira fonte da Fé.
Jesus Cristo estava ali para despertá-los para a realidade de seu corpo humano com “mãos, pés e lado” que continham as cinco chagas da crucificação a que fora submetido. Diante destas chagas qualquer dúvida que restasse desapareceria.
Na maioria das vezes, quando estamos em conflito interior, o que mais buscamos é a Paz; quase sempre a primeira coisa que pensamos é que Deus não nos ama: “Estou abandonado,” “Não sou amado por Deus” e tantos outros pensamentos desanimadores que nos levam a procurar outros caminhos que não são os verdadeiros, fazendo que muitos busquem refúgio em remédios, drogas, bebidas... etc. Estes pensamentos são muito comuns, mas Jesus Cristo nos coloca de uma maneira muito clara: não é Deus quem deixa de nos amar, nós é que não O amamos o suficiente e, então, nos sentimos abandonados por Ele.
Creio que o que mais precisamos ainda hoje é que Jesus Cristo venha e, de alguma forma e em muitas situações, nos abra os olhos da Fé, para dar-nos a sua Paz e mostrar-nos o quanto nos ama e o quanto somos importantes para Ele. Certamente, quando isto acontece também queremos contar aos outros o que se passou em nossa vida e como O reconhecemos, qual foi a nossa experiência e o que experimentamos. Ele então nos dirá: “Vós sois as minhas testemunhas de tudo isso.” (V.48)
A Paz do Senhor não é um bem que existe em si mesma. Ela É um Presente, uma Promessa, um Direito.
“A Paz esteja com vocês… sempre!”
Fabiano Camara Bensi

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