3 de julho de 2014

Refletindo o Evangelho do Domingo


  4º Domingo Comum – Domingo 06/07/2014


“Eu te louvo, Pai, Senhor do céu e da terra…” (Mt. 11,25a)

Agradecer é um sentimento próprio das pessoas sensíveis e reconhecidas por algum favor. Jesus Cristo agradece ao Pai por revelar o Evangelho aos pequeninos: “… porque escondeste estas coisas aos sábios e entendidos e as revelastes aos pequeninos.” (Mt. 11,25b)

A cada instante se confirma esta afirmativa de Jesus Cristo. Nem sempre as pessoas cultas, são sábias ou possuem a ciência das coisas e ignoram a Verdadeira Sabedoria da vida.

Na verdade não são sábios, exatamente porque a ciência os envaidece, como diz São Paulo, e aquilo que uma pessoa simples percebe com o seu conhecimento de vida, os cultos, muitas vezes, não conseguem perceber apesar da soma de conhecimentos que adquiriram.

Quando Jesus Cristo diz que coisas grandiosas são reveladas aos pequeninos e ocultadas aos sábios, aos grandes, aos poderosos… a sua intenção é mostrar que a Verdadeira Sabedoria não está do lado dos que se consideram proprietários absolutos da verdade, mas do lado dos que a procuram, dos que buscam e se consideram sempre carentes da Verdade.

A Verdadeira Sabedoria nem sempre está do lado dos que pesquisam, dos que inventam, dos que descobrem e dos que aperfeiçoam.

Os que buscam e vivem a Verdade, sabem que “tudo passa” e, por isso, não se abatem diante das dificuldades; sabem que a cada dia basta a sua própria preocupação e não estragam a alegria de hoje, com o pretexto da tristeza que poderão talvez sofrer amanhã.

É importante perceber a diferença entre o sabido e o Ungido. O sabido conhece. O Ungido usa bem a Sabedoria que possui. É a este que Deus se revela.

Na Idade Média, surge um homem que se considerava “iletrado”. Ele foi um homem de fé. O povo o chamou de Santo, e assim a Igreja o declarou: S. Francisco de Assis.

Um dos biógrafos de São Francisco narra sobre ele, “... não tinha nenhum estudo, o Santo aprendeu a Sabedoria do alto, que vem de Deus, e iluminado pelos fulgores da luz eterna, não era pouco o que entendia das Sagradas Escrituras (...) Afirmava que passaria facilmente do conhecimento de si mesmo para o conhecimento de Deus aquele que estudasse as Escrituras com humildade e sem presunção”.

Certa vez um dominicano foi ao encontro de São Francisco para pedir a interpretação de uma passagem bíblica. O Santo a deu. O frade dominicano extasiado com seu falar, disse a seus irmãos: “A teologia desse homem, firmada na pureza da contemplação, é uma águia que voa, enquanto que nossa ciência arrasta-se pela terra”.

Ser pequeno e humilde é o segredo da sabedoria divina.

“Sede humilde de coração e terás atitudes sábias!”


Fabiano Camara Bensi

Nenhum comentário:

Postar um comentário