5º Domingo do Tempo Comum – Domingo – 08/02/2015
“… pois para isso é que vim.”(V. 38 b)
O trecho do Evangelho de Jesus Cristo escrito por São
Marcos, (Mc. 1,29-39) nos conduz a uma realidade do nosso dia-a-dia, comum às
nossas famílias, apresentando-nos uma pessoa que padece duma doença
aparentemente sem maior gravidade. E diz mais: foram incomodar a Jesus
Cristo avisando que uma pessoa estava, simplesmente, com febre.
Ora, será que Jesus Cristo não tinha algo mais
importante p’ra fazer, além de saber ou deixar de saber que uma pessoa
qualquer, estava doente? Não era então, um despropósito levar a Jesus
Cristo a notícia da doença da sogra de Pedro? Afinal, não era ele o Messias,
o Filho de Deus? Então, porque importuná-lo com uma coisa tão simples e
lhe dissessem apenas o importante?
A questão, porém, superava de longe o efeito demonstração.
O que Jesus Cristo queria fazer, e efetivamente o fez, era ser
solidário com as pessoas em sofrimento, era servi-las onde e quando fosse necessário.
Foi isso que se deu com a singela cura da sogra de Pedro.
Bastou Jesus Cristo tocá-la tirar-lhe a febre para atrair para si
todos os enfermos e possessos do demônio.
E assim, toda uma multidão abatida pela dor e, principalmente,
pela falta de perspectivas, de fé e de esperança pôde, naquele momento
aproximar-se de Jesus Cristo e livrar-se da fatalidade da doença e até da
própria morte.
Igualmente importante foi o fato, de aquela mulher ter
compreendido a lição: “ela se pôs a servi-los”. Poderia muito bem ter se
esquivado ou simplesmente ter dito: “muito obrigada”. Mas não, renovada
do corpo, da alma e do espírito, assumiu o serviço com a maior solicitude
possível sem que lhe fosse pedido para tomar tal atitude. Com toda a certeza, a
maioria das pessoas não atinava para a verdadeira Missão de Jesus
Cristo.
Muitos, uma vez curados, voltariam à vidinha de sempre
e só a custo de muito esforço de memória se lembrariam dum tal de “Jesus”
que uma vez os curou. Fazendo isso, porém, estariam perdendo o essencial da
obra de Jesus Cristo.
Seremos nós tão diferentes? Quando é, por exemplo, que
nos sentimos impelidos a fazer aquela oração forte, aquela oração que,
proferida em voz alta, dá a impressão de mover céus e terra? É quando vai tudo
muito bem, obrigado? Ou é quando a saúde está ameaçada e o emprego está a
perigo entre uma recessão à vista e a má vontade dum chefe?
Muitos
de nós queremos Curas e Milagres, clamamos por isto e
provavelmente todos nós precisamos realmente! Jesus Cristo quer realizá-los em nossas vidas, só que,
muitas das vezes e quase sempre, queremos que sejam realizadas as obras,
conforme as nossas vontades pessoais e impedimos que Ele realize conforme nossas necessidades.
Esperamos por resultados “espetaculares” aos nossos
olhos, não parando p'ra perceber que, os verdadeiros Milagres acontecem
no interior dos nossos corações; que sem dúvida, serão sempre acompanhados de Sinais
de Deus.
“Eu vim para que todos tenham Vida, em plenitude!”
Fabiano Camara Bensi
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