XV Domingo do Tempo Comum –
Domingo 13/07/2014
"Aquele que tem
ouvidos, ouça." (Mt. 13,9)
A partir desta semana a Liturgia
nos traz uma série de "Parábolas", utilizadas por Jesus
Cristo, em um discurso, ou…
pregação. É uma pedagogia muito própria para comunicar-se com o povo e para
expressar as exigências a respeito do Reino de Deus. Por esta razão, são
chamadas de "Parábolas do Reino".
A primeira é chamada de Parábola do semeador, Mt.
13,1-23, onde Jesus Cristo fala para uma grande multidão à beira
do lago: "Acercou-se d’Ele, porém, uma tal multidão que precisou entrar
numa barca. Nela se assentou, enquanto a multidão ficava à margem."
(V.2)
Nesta primeira Parábola, Jesus Cristo
começa falando de um semeador que saiu a semear e… Bem! Expressa então, as dificuldades
que Ele próprio encontra para falar das coisas de Deus, e que
certamente o Apóstolo encontraria para conseguir pregar o Evangelho.
Quando lemos esta Parábola geralmente
nos fixamos em dois pontos:
1º- de que "semente"
Jesus Cristo estava falando? Claro, a Palavra de Deus.
2º- a que "terra"
Ele estava se referindo? Claro, o coração do homem.
Mas, o que dificilmente paramos
para observar é o sentimento do próprio Jesus Cristo naquele momento, o
que pensava em relação ao povo.
Ele percebeu que o povo O estava seguindo muito mais pelo
que Ele fazia e não pelo que falava; a sua fama se espalhava muito mais
pelos Milagres, Curas, Libertação e nem tanto pelo Seu projeto, Seu
propósito de Vida.
Jesus Cristo diz que:
- a quantidade de "semente" é abundante, chega até cair algumas ao longo do caminho;
- o "terreno", o coração do homem, em nenhum momento é considerado por Jesus Cristo de má qualidade, e sim as suas condições;
- a "semente", a Palavra de Deus, é sempre propícia quando acolhida por um coração bem preparado espiritualmente.
Para que a Palavra de Deus produza
fruto em nós, é necessário que estejamos abertos, livres de preconceitos,
desarmados, prontos para nos deixar questionar por Ela. E vale notar que
o nosso crescimento espiritual se dá, na medida em que acolhemos e vivemos a Palavra
de Deus.
Muitas vezes, preferimos falar, falar e... Falar com Deus.
Esquecemos que é mais importante escutar o que Deus tem a nos falar do
que nós falarmos com Ele.
E nós? O que diremos, então? Por que procuramos Jesus
Cristo? Procuramos só pelo que Ele pode fazer por nós, ou O procuramos
também para ouvi-lo e saber qual a Sua vontade a nosso respeito?
"O coração acolhedor, produz frutos:
cem por um."
Fabiano Camara Bensi
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