4º Domingo Comum – Domingo 06/07/2014
“Eu te louvo, Pai, Senhor do céu e da terra…” (Mt. 11,25a)
Agradecer é um sentimento próprio das pessoas sensíveis e reconhecidas
por algum favor. Jesus Cristo agradece ao Pai por revelar o Evangelho
aos pequeninos: “… porque escondeste estas coisas aos sábios e entendidos
e as revelastes aos pequeninos.” (Mt. 11,25b)
A cada instante se confirma esta
afirmativa de Jesus Cristo. Nem sempre as pessoas cultas, são sábias ou
possuem a ciência das coisas e ignoram a Verdadeira Sabedoria da vida.
Na verdade não são sábios, exatamente
porque a ciência os envaidece, como diz São Paulo, e aquilo que uma pessoa
simples percebe com o seu conhecimento de vida, os cultos, muitas vezes, não
conseguem perceber apesar da soma de conhecimentos que adquiriram.
Quando Jesus Cristo diz que coisas
grandiosas são reveladas aos pequeninos e ocultadas aos sábios, aos grandes,
aos poderosos… a sua intenção é mostrar que a Verdadeira Sabedoria não está do
lado dos que se consideram proprietários absolutos da verdade, mas do lado dos
que a procuram, dos que buscam e se consideram sempre carentes da Verdade.
A Verdadeira Sabedoria nem sempre está do
lado dos que pesquisam, dos que inventam, dos que descobrem e dos que
aperfeiçoam.
Os que buscam e vivem a Verdade, sabem que
“tudo passa” e, por isso, não se abatem diante das dificuldades; sabem que a
cada dia basta a sua própria preocupação e não estragam a alegria de hoje, com
o pretexto da tristeza que poderão talvez sofrer amanhã.
É importante perceber a diferença entre o
sabido e o Ungido. O sabido conhece. O Ungido usa bem a Sabedoria que possui. É
a este que Deus se revela.
Na Idade Média, surge um homem que se
considerava “iletrado”. Ele foi um homem de fé. O povo o chamou de Santo, e
assim a Igreja o declarou: S. Francisco de Assis.
Um dos biógrafos de São Francisco narra
sobre ele, “... não tinha nenhum estudo, o Santo aprendeu a Sabedoria do
alto, que vem de Deus, e iluminado pelos fulgores da luz eterna, não era pouco
o que entendia das Sagradas Escrituras (...) Afirmava que passaria facilmente
do conhecimento de si mesmo para o conhecimento de Deus aquele que estudasse as
Escrituras com humildade e sem presunção”.
Certa vez um dominicano foi ao encontro de
São Francisco para pedir a interpretação de uma passagem bíblica. O Santo a
deu. O frade dominicano extasiado com seu falar, disse a seus irmãos: “A
teologia desse homem, firmada na pureza da contemplação, é uma águia que voa,
enquanto que nossa ciência arrasta-se pela terra”.
Ser pequeno e humilde é o segredo da
sabedoria divina.
“Sede humilde de coração e terás atitudes sábias!”
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