XIV Domingo Comum – 05/07/2015
"Um profeta só é desprezado na sua pátria…"
(Mc.6,4a)
Quando Jesus Cristo, cheio
da força do alto, pleno do Espírito
Santo de Deus, voltou à sua terra natal, a sua fama já havia se espalhado
por toda a região. Todos se admiravam de suas Palavras e Obras, Prodígios e Milagres,
Mc 6,1-6.
A
admiração pelas realizações de Jesus Cristo era acompanhada de alguns
questionamentos, como, por exemplo: "Donde
lhe vem isso? Que sabedoria é essa que lhe foi dada, e como operam por suas mãos
tão grandes milagres? (V.2b).
Diante
da perplexidade dos que questionavam, penetrando nos seus corações e tendo como
normais essas reações, Jesus Cristo tomou a palavra e disse-lhes: "Um
profeta só é desprezado na sua pátria, entre os seus parentes e na sua própria
casa."(V.4)
Ainda
hoje, ouvimos muitas pessoas dizerem ou, quem sabe, nós mesmos: “Santo de casa não faz milagres!…” “O pior
lugar para ser profeta, é dentro da nossa própria casa!…”.
O
profeta realmente não é bem aceito em sua pátria, mas…, qual é a pátria
do profeta? Profeta não tem pátria, o que ele tem é Missão, e Missão
não têm fronteiras; na maioria dos casos, o que esperamos são resultados surpreendentes,
extraordinários, sermos compensados ou reconhecidos. Queremos, no fundo do
nosso coração, que as pessoas nos compreendam e nos apoiem: sem dúvidas, somos
geralmente julgados pelas aparências, o que fomos,
e o que fizemos e não pelo que
somos e o que somos capazes de
fazer.
Infelizmente,
muitas das vezes, temos também esta mesma atitude, procurando nas pessoas,
defeitos e não qualidades. O que acontece é que também "julgamos pelas
aparências".
Afinal,
quem nos conhece realmente, a não ser Deus?
E a quem nós conhecemos? São Paulo escrevendo aos Coríntios declara que ele
próprio não se conhece e que nenhum de nós se conhece totalmente. Afirma: "Hoje vemos como por um espelho
confusamente; mas então veremos face a face. Hoje conheço em parte; mas então
conhecerei totalmente, como sou conhecido."(1Cor. 13, 12)
Às
vezes, eu me pergunto: se Jesus Cristo não tivesse coragem de ser Profeta,
não fosse fiel à Sua Missão, e se os profetas que O sucederam se
calassem ou se omitissem; o que seria
da humanidade hoje? Será que seria “humanidade”?
E
se houvesse mais profetas, o mundo seria melhor? Bem, aí não tenho dúvidas: o
mundo seria o mesmo, mas bem melhor de se viver, por que haveria, com certeza,
mais virtudes de Deus entre os
homens; existiria muito mais Fé,
Esperança e Caridade.
E
então, será que ainda vamos continuar colocando limites em nossa missão de
profetas? Dando desculpas para esconder debaixo da cama, a Luz de Jesus Cristo? Ou vamos eliminar os
limites e continuarmos o Projeto de
Deus, imediatamente, sem medo e sem desculpas?
“Eu vos constitui para serem profetas das nações!”
Fabiano
Camara Bensi
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