XI Domingo do Tempo Comum – 14/06/2015
“O
reino de Deus é como o grão de mostarda…”
(Mc. 4,31a).
Neste período, a Liturgia continua a nos apresentar fatos,
acontecimentos e episódios ligados ao Ministério Público ou à Vida
Pública de Jesus Cristo, procurando mostrar de uma forma clara, a
pedagogia utilizada por Ele na formação dos seus Discípulos.
O Evangelho começa se
referindo ao Reino dos Céus que, aqui, vem comparado a um homem “que joga a
semente na terra” e se vai, a terra porém, a faz germinar e a semente cresce
por si mesma, sem que o homem saiba como. Assim, o Reino de Deus, cresce, mesmo
que o homem não o queira, os desígnios de Deus, afirma Jesus Cristo, se
cumprirão “de dia e de noite” e as sementes de sua graça germinarão e crescerão
infalivelmente.
Ao falar da semente de mostarda, por exemplo, para a
multidão, Jesus Cristo fala de coisas pequenas, contudo, coisas pequenas agora,
não são pequenas eternamente, há sempre um poder de Deus, que levam a um
crescimento fantástico.
Seria possível, à luz duma semente quase
invisível, prever uma hortaliça grande que chega para aninhar passarinhos? Como
diz Jesus Cristo: "… os pássaros (ou as aves) que vêm abrigar-se à sua sombra"(V.32b).
A semente, enquanto semente nada nos diz, posta na terra, porém, que maravilha!
Em pouco tempo, a terra é coberta com flores e folhas e até frutos.
Sendo assim, por que um crucificado não
podia tornar-se o centro da atenção mundial? Não todos os crucificados, naturalmente,
mas apenas um.
O Reino de Deus, portanto, que começa com
esse Crucificado pregando Amor, o que muita gente quase não dá importância,
torna-se no fim algo espantoso: multidões acorrem a Ele e por Ele são conquistadas
vivendo desse mesmo Amor repartido pelo homem Deus, Morto na Cruz e
Ressuscitado.
Somos chamados, pelo batismo, para ficar
em sua companhia e depois enviados para testemunhar o Reino, pregar o
Evangelho, (que na realidade é… espalhar
esta semente) mas, tudo é de Deus que, em seus misteriosos desígnios, a faz
germinar em todos os campos, dentro e
fora de nossas Igrejas.
O que nós o batizado representa, dentro
dos projetos de Deus?
Esta pergunta nos leva a nós, cristãos, a
interrogar-nos sobre o como de nosso trabalho missionário e, principalmente,
sobre nossas atitudes interiores ao pregarmos e testemunharmos o Evangelho de Jesus
Cristo.
Como o fazemos?
O que nos motiva?
Será a beleza da mensagem, a fecundidade
da graça, o sangue do nosso Redentor?
Ou será que nossas vaidades, nossa
soberba, nossas preocupações estreitamente religiosas?
Jesus Cristo diz que o que importa essencialmente é a
Palavra, a Semente de Deus, neste caso, o nosso trabalho é importante, mas
sempre secundário.
“Fazei
germinar o Amor.”
Fabiano Camara Bensi
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