3º Domingo da Páscoa – 19/04/2015
“Por que estais perturbados…?” (Lc. 24,38B)
Em Lucas 24, 35-48, logo no início do texto, encontramos o final, ou o
resultado, do encontro dos Discípulos de Emaús com Jesus Cristo, quando declaram que… “tinham reconhecido (O
Senhor) ao partir do
pão”.
Os
discípulos de Jesus Cristo,
por causa do medo trancaram-se em casa. Diante das várias notícias da sua
ressurreição conversavam animadamente. Mas ainda com medo do que pudesse
acontecer também com eles. "
'Enquanto falavam destas coisas, Jesus apresentou-se no meio deles e disse: 'A
Paz seja convosco!'" (V.36)
Quantas
vezes as nossas preocupações diárias com casa, família, trabalho, estudo,
Comunidade, etc., fazem simplesmente o mesmo conosco. Não permitem que
reconheçamos a verdade de que este mesmo Senhor continua vivo e sempre
ao nosso lado. E mais, pronto para dar-nos a força interior, a confiança e a Paz,
necessárias, porque não dizer, fundamentais, para as lutas do nosso dia-a-dia.
Quando
Jesus Cristo apareceu
aos seus discípulos, ele não o fez para recriminá-los, além de deixar claro que
sabia o que se passava em suas mentes supersticiosas. Assim, Ele ordena que o apalpem e
examinem. E tudo indica que os discípulos o fizeram.
Superstição
é a “religião” do medo e da falta de informação. É difícil resistir ao
contágio do medo. Ele tem o poder de despertar toda a superstição latente na
mente humana e de abalar definitivamente a confiança na verdadeira fonte da Fé.
Jesus Cristo
estava ali para despertá-los para a realidade de seu corpo humano com “mãos,
pés e lado” que continham as cinco chagas da crucificação a que fora submetido.
Diante destas chagas qualquer dúvida que restasse desapareceria.
Na
maioria das vezes, quando estamos em conflito interior, o que mais buscamos é a
Paz; quase sempre a primeira coisa que pensamos é que Deus não nos ama: “Estou
abandonado,” “Não sou amado por Deus” e tantos outros pensamentos
desanimadores que nos levam a procurar outros caminhos que não são os
verdadeiros, fazendo que muitos busquem refúgio em remédios, drogas, bebidas...
etc. Estes pensamentos são muito comuns, mas Jesus Cristo nos coloca de uma maneira muito clara: não é Deus quem deixa de nos amar, nós
é que não O amamos o suficiente e, então, nos sentimos abandonados por Ele.
Creio
que o que mais precisamos ainda hoje é que Jesus Cristo venha e, de alguma forma e em muitas situações,
nos abra os olhos da Fé, para dar-nos a sua Paz e mostrar-nos o
quanto nos ama e o quanto somos importantes para Ele. Certamente, quando isto acontece também queremos contar
aos outros o que se passou em nossa vida e como O reconhecemos, qual foi
a nossa experiência e o que experimentamos. Ele então nos dirá: “Vós sois as minhas testemunhas de
tudo isso.” (V.48)
A Paz do Senhor não é um bem que existe em si
mesma. Ela É um Presente, uma Promessa, um Direito.
“A Paz esteja
com vocês… sempre!”
Fabiano Camara Bensi
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