XXVII Domingo Comum - Domingo 05/10/2014
“A pedra rejeitada… tornou-se a pedra
Angular;” (Mt. 21,42b)
Esta expressão encontra-se quase no final do longo capítulo 21 do
Evangelho de S. Mateus. Este capítulo relata diversas ações de Jesus Cristo:
a expulsão dos vendilhões do templo, após sua entrada triunfal em Jerusalém; a
maldição à figueira na qual não encontrou frutos; a parábola dos dois filhos
que fazem o contrário do que prometeram ao pai; a parábola dos lavradores que
matam os enviados do patrão e por fim assassinam o filho do patrão.
Tendo percebido que os “príncipes dos sacerdotes”,
os “anciãos do povo”, bem como os
“fariseus”, não tinham entendido ainda tudo que estava acontecendo naquela
época, ou não estavam aceitando o que estava acontecendo naquele momento, ou
seja, o risco de perder o “poder”. Jesus
Cristo conclui, em apenas 11 Versículos, a história do “Povo de Israel”, conta a
“Parábola dos lavradores homicidas”, Mt.
21,33-43, mostrando que sabia o que estava falando, o que estava acontecendo e
o que iria acontecer.
Nesta Parábola
fica bem entendido:
·
o “Proprietário” é Deus Pai; a “Vinha” é Israel, o povo escolhido; a “Sebe” ou “cerca” são as Leis ou os preceitos Deus;
·
os “Maus lavradores” são os homens cheios
de interesses próprios, os chefes religiosos e doutores da lei; os “Servos” são os profetas que
antecederam Jesus Cristo;
·
o “Filho” é o próprio Jesus Cristo.
Jesus
Cristo está
se referindo à rejeição que a ele mesmo
foi dirigida e conclui: “Por isso vos digo: será tirado de vós o Reino de
Deus e entregue a um povo que produza os devidos frutos”. (V.43)
Esta afirmação tão
severa nos faz pensar:
—
Quais os “Frutos” que o Senhor
espera que nossa espiritualidade produza?
—
O que Ele espera de nós,
cristãos?
Sem dúvida, o primeiro fruto
é o da justiça, princípio da virtude e fundamento de toda a lei.
A justiça reconhece os
direitos de todos, também o direito de Deus,
que está acima de qualquer outro direito. Olhando para Deus, o cristão vê a necessidade de ser justo e reto em sua vida.
Olhando para o nosso irmão ou
irmã, deveremos, além do Amor de Deus,
ver também a necessidade de ter para com ele ou ela justiça, misericórdia,
solidariedade
e respeito.
Quantos necessitam hoje de nossa
Fidelidade
a Deus! Nossa Igreja, nossas famílias, nossos locais de trabalho e de
lazer, nossas escolas, nossa sociedade, nossos meios de comunicação, nossa
política e economia. Necessitam de testemunhos verdadeiros de Fé,
de Justiça
e Misericórdia,
de sinais visíveis do Reino de Deus!
“Eis o que vos mando… que vás e produzas Frutos!.”
Fabiano Camara Bensi
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