"Nenhum lugar do mundo está preparado", diz presidente da Rio Eventos.
Mobilidade será um dos principais problemas a ser enfrentados no evento.
Mobilidade será um dos principais problemas a ser enfrentados no evento.
A três meses da Jornada Mundial da Juventude, o
Rio de Janeiro começa
a se preparar para receber o Papa e os 2,5 milhões de fiéis, que
prometem lotar a Praia de Copacabana e o campo de Guaratiba à espera da
benção do novo pontífice. A Rio Eventos, empresa da prefeitura
responsável por cuidar dos grandes eventos que a cidade vai sediar,
admite que transtornos vão acontecer e considera a realização da JMJ o
maior desafio da cidade, superando até mesmo a Copa do Mundo e as
Olimpíadas.
“Nos grandes eventos, há uma concentração prevista de pessoas em
determinados lugares. Os eventos olímpicos têm um controle e
previsibilidade. Já na Jornada, a quantidade de turistas e peregrinos
vai aumentar cada vez mais com a proximidade do evento. Nenhum lugar no
mundo está preparado para um acontecimento dessa magnitude. Transtornos
ocorrerão e precisamos nos preparar”, explica Leonardo Maciel,
presidente da Rio Eventos.
Para a prefeitura, o maior desafio será a mobilidade dos jovens até
as atividades. “Estamos num processo de revitalização e de muitas obras
pela cidade. O perfil dos peregrinos e a cultura da Jornada é de
caminhada, mas ainda assim vamos ter quetrabalhar em
regime especial. A prefeitura, o estado e o governo federal vão
trabalhar juntos. A exemplo de Madri, que parou para receber a Jornada, o
Rio vai parar também. Vamos identificar os corredores em que temos que
empenhar os nossos esforços", comenta Maciel.
Megaestrutura
Os números da Jornada Mundial da Juventude, que acontece de 23 a 28 de julho, são grandiosos. Um palco de 110 metros de comprimento vai ser construído no terreno de 3,5 milhões de metros quadrados, em Guaratiba, na Zona Oeste. Para dar conta de todo o trabalho, 60 mil voluntários de 150 países foram selecionados.
Os números da Jornada Mundial da Juventude, que acontece de 23 a 28 de julho, são grandiosos. Um palco de 110 metros de comprimento vai ser construído no terreno de 3,5 milhões de metros quadrados, em Guaratiba, na Zona Oeste. Para dar conta de todo o trabalho, 60 mil voluntários de 150 países foram selecionados.
Palcos com atividades culturais vão ser espalhados pela cidade. Na
Vigília e Missa de Envio, atos que contarão com a presença do Papa, em
Guaratiba, na Zona Oeste, os peregrinos vão andar cerca de 13 km até
chegar ao Campus Fidei. O terreno será dividido em 37 lotes, com 50 mil
pessoas cada um. Cerca de 1,5 milhão de hóstias serão produzidas para
todas as celebrações.
"A novidade da renúncia e eleição de um novo Papa e o fato do Brasil
ser extremamente católico são fatores que vão impulsionar o turismo
interno, porque, com certeza, é o maior evento que o país já sediou. Não
há em nenhum lugar um evento dessa complexidade”, afirma Leonardo
Maciel.
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